Feito por alguem que não existe, para pessoas que pensam. Uma lobotomia moderna sobre tudo aquilo que você sempre quis desprezar. Vale a pena sair do obvio.

segunda-feira, 25 de junho de 2012
quarta-feira, 20 de junho de 2012
segunda-feira, 18 de junho de 2012
domingo, 17 de junho de 2012
Vazio
Acordo.
Não abro o olho. Estou deitada na cama. Não lembro de muitas coisas da noite passada, mas tenho certeza que ela foi boa. Um sentimento de felicidade e solidão me invade.
Cigarro!
Preciso fumar um cigarro.
Abro o olho e não sei onde estou. Tento lembrar. NADA. Olho pro lado, ninguém comigo na cama, e minhas roupas pelo chão. Pego minha calça. Acho o meu maço amaçado. Filtro vermelho. Fumo o ultimo cigarro. Ainda não me lembro de nada.
Levanto.
Realmente não sei onde estou. Ando pela casa. Não tem ninguém alem de um gato dormindo na janela da sala ao lado de um vaso com flores mortas. Boca seca. Vou para cozinha procuro algo pra beber, mas o filtro está vazio. Abro a geladeira, e acho uma garrafa de vodka muito familiar. Me lembro.
Tudo faz sentido depois que pego a garrafa e viro algumas doces no gargalo. O vestido no cabideira vai tomando forma de vagar, e aos poucos ganha um rosto. Me lembro da dona do gato. Da noite passada. Ótima noite. Acho mais um cigarro perto de um cinzeiro na sala.
Fumo de novo.
Me lembro de como foi magico a noite passada. Um encontro tão fluido com a moça de vestido. Tudo tão natural, parece que era pra ter acontecido. Juras de amor suadas e regadas com a vodka que ainda está em minha mão. Complacência, falta de pudor, sintonia, coisas que não tenho de primeira com qualquer uma. Pensando em tudo isso o cigarro acaba.
Volto para o quarto.
Me sinto melhor ao lembrar de tudo, do que com o meu velho vazio que me conforta todos os dias. Na penteadeira tem um bilhete me pedindo para esperar, para ficar, e viver aquilo tudo de novo. Repetir, e se esbaldar todas as noites como tinha sido a ultima noite.
Sem pestanejar.
Apos ler o bilhete, ardente, ainda com cheiro de sexo, como todo o resto da casa. Visto minha roupa. Vou embora sem olhar para traz. Melhor do que quando acordei, levantei, lembrei, fumei, ou quando vi o bilhete de juras de noites futuras, vou embora melhor por voltar com o meu vazio para dentro de mim. Vou embora fumando.
Não abro o olho. Estou deitada na cama. Não lembro de muitas coisas da noite passada, mas tenho certeza que ela foi boa. Um sentimento de felicidade e solidão me invade.
Cigarro!
Preciso fumar um cigarro.
Abro o olho e não sei onde estou. Tento lembrar. NADA. Olho pro lado, ninguém comigo na cama, e minhas roupas pelo chão. Pego minha calça. Acho o meu maço amaçado. Filtro vermelho. Fumo o ultimo cigarro. Ainda não me lembro de nada.
Levanto.
Realmente não sei onde estou. Ando pela casa. Não tem ninguém alem de um gato dormindo na janela da sala ao lado de um vaso com flores mortas. Boca seca. Vou para cozinha procuro algo pra beber, mas o filtro está vazio. Abro a geladeira, e acho uma garrafa de vodka muito familiar. Me lembro.
Tudo faz sentido depois que pego a garrafa e viro algumas doces no gargalo. O vestido no cabideira vai tomando forma de vagar, e aos poucos ganha um rosto. Me lembro da dona do gato. Da noite passada. Ótima noite. Acho mais um cigarro perto de um cinzeiro na sala.
Fumo de novo.
Me lembro de como foi magico a noite passada. Um encontro tão fluido com a moça de vestido. Tudo tão natural, parece que era pra ter acontecido. Juras de amor suadas e regadas com a vodka que ainda está em minha mão. Complacência, falta de pudor, sintonia, coisas que não tenho de primeira com qualquer uma. Pensando em tudo isso o cigarro acaba.
Volto para o quarto.
Me sinto melhor ao lembrar de tudo, do que com o meu velho vazio que me conforta todos os dias. Na penteadeira tem um bilhete me pedindo para esperar, para ficar, e viver aquilo tudo de novo. Repetir, e se esbaldar todas as noites como tinha sido a ultima noite.
Sem pestanejar.
Apos ler o bilhete, ardente, ainda com cheiro de sexo, como todo o resto da casa. Visto minha roupa. Vou embora sem olhar para traz. Melhor do que quando acordei, levantei, lembrei, fumei, ou quando vi o bilhete de juras de noites futuras, vou embora melhor por voltar com o meu vazio para dentro de mim. Vou embora fumando.
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Cacá Fonseca é um talento nato a ser vivido pelo mundo e pelos admiradores de artes, cores e sentimento... Uma irmã pra mim, ela é SIMPLESMENTE GENIAL!
Cacá Fonseca em passagem pelo Recife
Em curta temporada e Recife, a artista Cacá Fonseca entra na vida das pessoas pelos olhos de quem vê seu trabalho e permanece naquelas vidas porque captura o coração de quem se permite observar a singularidade e a franqueza das cores e emoções da artista.
Seus pais, Valéria e Carlos, sempre perceberam a arte como hobby, mas era um passatempo cultivado na casa de Viçosa com frequência e talvez isso tenha ajudado o dom da família a aflorar nos três filhos do casal. Cacá é a artista da família, mas o talento do irmão para o desenho é inegável assim como a aptidão para a escrita da irmã gêmea da artista.
Diz que começou a pintar tarde e que não escolheu a arte, mas sim, foi escolhida por ela numa tarde de tédio aos 16 anos quando se sentiu desafiada pela parede branca de seu quarto e com o lápis que tinha na mão começou a riscar. Um amigo, sabendo do impasse, a convidou para pintar uma parede da casa dele, seria a primeira das muitas paredes e murais que Cacá é convidada a criar. As fotos da parede, até hoje não finalizada, foram publicadas numa rede social dando o pontapé que transformaria a adolescente do ensino médio em artista plástica autodidata.
Com seu trabalho exposto no mundo virtual, Cacá passou a receber pedidos e seus pincéis começaram a explorar novas medias; tênis, mdf, camisas e o que mais fosse requisitado. Esses objetos ganharam o mundo e foram na frente abrindo os caminhos que a tirariam do interior de Minas para até onde arte a levar.
De fato, a artista usa o dom para transbordar suas experiências e as que percebe nas pessoas com quem convive. Ela compõe seus trabalhos com a maestria dos que conhecem suas essências de vida e apesar de ter apenas 21 anos, a maneira desabotoada como ilustra seus sentimentos emociona sem pedir licença como uma letra de música que traduz exatamente o que se queria dizer.
Desde que partiu de sua cidade natal, onde cresceu e dividiu um quarto com a irmã gêmea até o momento que saiu de casa, Cacá tem amadurecido seus traços sem perder a característica que lhe garante tantos admiradores, a de deixar transbordar de maneira rara sentimentos comuns.
Cacá Fonseca pinta o que sente como ponto de partida de suas criações. Dali, uma complexidade de elementos vai retratando as dores e as delícias do mundo dela e dos que a cercam.
Para conhecer um pouco mais o trabalho de Cacá http://cacafonseca.tumblr.com/.
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